sábado, 10 de julho de 2010

NOTA ESPECIAL

Obrigado ao Goleiro. Adeus ao Homem.



Ano 2000. O experiente Clemer era o goleiro do Flamengo quando finalmente foi vendido para o Internacional. Começava ali a trajetória de Júlio César no Flamengo, onde seria campeão estadual de 2001, no antológico gol de Petkovic, da Copa dos Campeões e novamente Estadual em 2004. Terminava o ano e Júlio César deixava o Flamengo para sua vitoriosa carreira na Europa. Chegava finalmente a chance do jovem Diego, muito contestado pela torcida devido à baixa estatura. Começa 2005 e, com um dos piores times de sua história, o Flamengo consegue se garantir na Primeira Divisão, em um ano que ficou marcado para a torcida. Ainda sim, o jovem Diego esteve lá. Começa 2006 e o jovem que sofreu com o péssimo elenco do ano anterior levantava a taça de campeão da Copa do Brasil. Entretanto, chegava ao clube um novo goleiro, criado no Atlético-MG e com passagem nula pelo Corinthians. Quem era esse tal de Bruno?

Com uma envergadura acima do normal e reflexos poderosos, o jovem goleiro mineiro caiu nas graças da Nação Rubro-Negra. No ano seguinte, disputou sua primeira Libertadores e decidiu um Estadual pegando duas cobranças de pênalti. No Brasileirão, foi essencial na arrancada para a Libertadores do ano seguinte, quando inclusive marcaria um gol de falta contra o Bolognesi, do Peru. Pouco depois, era bicampeão carioca. No Brasileirão, o time liderou por várias rodadas, mas acabou fora da Libertadores. O goleiro ainda marcaria mais um gol, agora de pênalti, contra o Coritiba. Bruno era o maior goleiro artilheiro da história do Flamengo. Antes dele, somente Ubirajara e Zé Carlos haviam marcado, um gol cada.

O ano de 2009 começou com um time desacreditado e com alguns jovens valores. O time foi superando a desconfiança e levantou seu quinto tricampeonato estadual, conquistando a hegemonia no Rio de Janeiro. Nosso goleiro pegou um pênalti no tempo normal e dois nas disputas de pênaltis, sendo novamente decisivo. Marcou mais um gol de falta, na goleada sobre o Mesquita. Começa o Brasileirão e o jovem goleiro se torna capitão da equipe. Numa campanha épica, o Flamengo consegue uma arrancada sensacional e inesperada e conquista o título mais esperado dos últimos 17 anos por apenas dois pontos de vantagem sobre o vice-campeão Inter. As vitórias sobre Botafogo, no Engenhão, e Santos, no Maracanã, fizeram a diferença. Foram mais 3 pênaltis pegos pelo goleiro aclamado pela torcida como o melhor do Brasil. Era o auge.

Chega finalmente 2010, e pela primeira vez Bruno fica sem títulos. Ele ainda marcaria mais um gol de falta (contra o Fluminense, pelo Brasileirão). Bruno deixa o Flamengo com 234 jogos disputados, tricampeão carioca e Hexacampeão brasileiro, além de ser o maior goleiro artilheiro do clube com 4 gols. A história é muito bonita quando se refere ao ATLETA E GOLEIROBruno, sem citar o CIDADÃO E HOMEM Bruno, sempre irresponsável nos atos e nas palavras, como quando patrocinou uma putaria no seu sítio em 2008, e ousou questionar o currículo de Andrade em 2009, ou quando “pouco se lixou” com a torcida em 2010. A dedicação em campo sempre bateu de frente com seu descaso e falta de noção do que é jogar no Flamengo, clube que sempre julgou ser menor que você. O goleiro Bruno se foi e o Flamengo ficou. Que a vida te ensine, ainda que na marra, o caminho certo.

Marcelo Lomba: a Nação te abraça e te apóia! Vamos fechar esse gol junto com você! Que você tenha a sabedoria e faça as escolhas corretas na sua vida dentro e fora do clube que te acolheu ainda jovem. Pedimos ao menos trabalho e respeito pela Instituição Flamengo.


blog: Blog da Nação


PS: E QUE TUDO ISSO QUE ESTA ACONTECENDO COM O EX-GOLEIRO BRUNO SIRVA DE LIÇÃO PARA TODOS.


Saudações Rubro-Negras!


Um comentário:

Gustavo Duarte disse...

Beleza cara, sem problemas!
Volte sempre ao Blog da Nação!
SRN!